segunda-feira, 22 de junho de 2015

Vícios (mas dos bons)

A minha série de TV preferida, que me traz tão boas recordações de serões passados na companhia da minha Mãe, enquanto bordávamos ou fazíamos os nossos trabalhos em crochet.



O meu vício de há um ano a esta data. Muitas ideias e apenas um par de mãos para lhes dar forma. A origem de um projecto muito querido que quero concretizar e para o qual trabalho todos os dias o mais que posso.




O meu amor de sempre em formas e tamanhos vários e para o qual tenho tido tão pouco tempo ou, melhor dizendo e sendo verdadeira comigo mesma, tão pouca disposição. Chego ao fim do dia tão cansada que não consigo sequer ler uma página... Uma vergonha, eu sei. Hei-de melhorar.

domingo, 21 de junho de 2015

De rastos... mas feliz!

Quem disse que mudar e lutar pelo que mais queremos, por aquilo que sonhamos quase desde que nos conhecemos, não dá trabalho, não sabia, certamente, do que falava!

Dá e muito. Tanto. Imenso. O resultado final? Um prazer imenso apesar do cansaço brutal.

Agora, é (ainda mais) proibido desistir!

Siga!

sábado, 20 de junho de 2015

Recomeçar

Ninguém disse que era, é ou será fácil.

Requer persistência, força de vontade, teimosia até, se assim lhe quiserem chamar. Estas nem sempre abundam ou estão presentes no meu quotidiano. Ultimamente, direi mesmo que quase desapareceram. Têm sido tantos os desafios, os obstáculos, as preocupações.

Hoje dei mais um pequeno (mas para mim gigante) passo nesse sentido.

Apostei em não desistir do meu sonho maior, em teimar em dar-lhe vida e cor, divulgá-lo e dinamizá-lo. Não vai ser fácil, sei que não, mas também sei e sinto que o seu sucesso vai depender em muito da minha força em não desanimar perante as contrariedades, da minha coragem em sair do meu casulo, da comodidade do meu cantinho e apostar em dar a conhecer o que melhor faço com tanto e tanto carinho e amor.

Tremo em pensar que tenho de partir rumo ao que não conheço, aprender uma nova carreira, desvendar novos rumos e investir em percorrer novos caminhos em busca da realização daquele que quero que seja parte do meu legado à nossa filha.

Não sei o que me espera e isso deixa-me, mais do que assustada, verdadeiramente aterrada.

Contudo, ainda que não sabendo quando ou, principalmente, como, sei que que não vou desistir.

Talvez isso seja mesmo o mais importante.

Será?

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Compromisso

Eu vou escrever todos os dias.

Todos os dias penso que me vou sentar e, enquanto a MC faz a sesta ou está entretida (por pouco tempo) a brincar (quase sempre, a inventar novas formas de me fazer crescer mais cabelos brancos), vou deixar que tudo o que está preso dentro de mim se liberte e as palavras simplesmente fluam e ganhem forma e sentido neste ecrã.

Eu vou escrever todos os dias.

Todos os dias protelo, adio, faço por esquecer. Ainda assim, faz-me falta este espaço, este canto, onde posso ser simplesmente eu. Não a Mulher, não a Mãe, não a Doméstica/Desempregada (ou, como alguns tanto gostam de apregoar, a Calona/a Dondoca que está em casa às custas do marido, pobre coitado que se esfalfa a trabalhar, sem fazer nenhum, vejam lá que indecência). Tão somente Eu.

Eu vou escrever todos os dias.

Eu quero, juro que sim, mas falta-me a disposição, a mais pura vontade e sobram-me o cansaço e a desilusão num mundo que cada vez mais nos oprime e nos quer máquinas em vez de seres humanos, estereotipados num qualquer modelo que se pense ser mais correcto do que aquele em que acreditamos - o da família em primeiro lugar e acima de todas as coisas, no meu caso.

Eu vou escrever todos os dias.

Vou aperfeiçoar a minha escrita, o meu vocabulário, a minha capacidade de dar voz ao que sinto e penso. Vou exorcizar fantasmas e procurar soluções para concretizar os meus sonhos, tudo o que (ainda) quero fazer no tempo (pouco ou muito não interessa, desde que me permita ver a nossa filha crescida, orientada e, acima de tudo, feliz e a viver segundo os bons valores que lhe procuramos transmitir desde que morava no meu ventre).

Eu vou escrever todos os dias.

Vou acreditar que é possível continuar a trabalhar no meu terceiro livro (ainda que o primeiro e o segundo nunca tenham visto a luz do dia), nos meus trabalhos de crochet e ponto de cruz (porque os meus olhos hão-de melhorar e até já tenho uma lupa própria para me auxiliar), ensinar a MC a viver e ser feliz, transmitir-lhe o que necessita de aprender ainda que, neste momento, não a possa (nem queira, a bem da verdade) colocar numa creche (quando fizer três anos, logo se vê...). Vou ser melhor mãe, mais paciente, mais abnegada em prol da nossa filha (há dias em que o cansaço é tanto que só me apetece fugir porta fora, mas fica mal dizer ou admitir que, sequer, se pensam estas coisas). Vou ter uma retrosaria, organizar workshops e colaborar em iniciativas que visem o bem-estar daqueles que nos rodeiam, vou estar e ser presente e dar o exemplo à MC que ao fazer o bem ao outro, fazemo-lo também a nós, porque temos sempre algo mais a aprender em cada acto e gesto que praticamos.

Eu vou escrever todos os dias.

Hoje foi o primeiro. Porque há sempre um começo*.


*Nem que seja meio ano depois - sim, seis meses e dois dias - do último post!