quarta-feira, 26 de novembro de 2014

It´s all about us

Este é o nome original do blog, mas claro que não o consegui registar por já estar a ser utilizado por outrem. É o meu velho karma de ter as ideias, não as colocar logo em prática e, voilá, alguém o faz por mim e eu fico a vê-las passar. Caramba, por vezes gostava mesmo de conseguir!
 
É um blog nosso, de mim para ti e para a nossa princesa. Para quem o quiser ler. Acima de tudo, para eu procurar recuperar a vontade de escrever e ter algo mais onde posso registar alguns dos nossos momentos, sejam eles bons, maus ou assim-assim.
 
Este blog gira em torno do nosso mundo, da nossa família, sem, ainda assim, se afastar ou distanciar do que se passa lá fora, no mundo real que nos rodeia e do qual fazemos parte.
 
Se vale a pena? Bem, aprendi bem cedinho que o sr. Fernando Pessoa era muito sábio, pois do que já vivi sei que "tudo vale a pena quando a alma não é pequena" (Mar Português, in Mensagem).
 
It´s all about us e a parte melhor é essa mesma: Nós.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Da organização e da frustração, da vontade de superação

Tanto, tanto para fazer e tão pouca vontade. Tão pouco ânimo, se calhar. Nem sei bem.
 
Fico frustrada e zangada por não conseguir fazer as coisas ao ritmo que gostaria, por não ter mais força (tanto física, como anímica) para dar de vez a volta ao que é preciso, para ter finalmente tudo arrumado.
 
Sei que as coisas demoram o seu tempo, mas sou humana, impaciente e não gosto de esperar. Gosto de começar e acabar, de não ficar à espera ad eternum para concretizar objetivos e projetos.
 
Se for pensar bem sobre o assunto, nem tenho razões para me faltar o ânimo (caramba, há tantas pessoas em situações tão, mas tão piores do que a minha, do que a nossa!), mas o facto é que não tenho conseguido estruturar os meus dias nem torna-los tão produtivos quanto gostaria. Hei de lá chegar. Ou melhor, tenho de lá chegar, dê por onde der, que para a frente é que é o caminho e estou cansada de não sair "da cepa torta", como dizia a minha Mãe.
 
A mobília nova para montar (a bem da verdade, já estivemos pior... pelo menos os móveis do escritório já estão prontos e, dos roupeiros do quarto da miúda, já só faltam as portas e as estruturas internas) e tudo o que está espalhado pela casa para nela encaixar e arrumar (de uma vez por todas, caramba, que já estou farta de viver em modo "acampamento").
 
Tremo sempre que penso que vou ter de mexer nas tralhas e afins empacotados há não sei quantos anos, que têm de ser vistos e escolhidos, sobre os quais não tenho a menor vontade de lançar as mãos. As recordações são tramadas e dão-me cabo dos nervos, que fazer? Ter de lidar com elas devia ser fácil, são do passado, estão lá atrás e não passam disso mesmo, de recordações. Pois, pois, falar é fácil... Já fazer é algo muito diferente.
 
O trabalho da revisão da tese que tenho em mãos, com a releitura dos textos e passagem das emendas (sim, sou à moda antiga, ou da velha guarda, como prefiram, e prefiro trabalhar em papel. Não me venham com histórias! É com o papel à frente dos olhos que se faz uma leitura eficaz e atenta, sem distrações. Mesmo assim, há sempre algo que passa!) para os ficheiros e respetiva edição final.
 
O Livro do Meu Papá, prenda de aniversário do A., que está a meio. Encadernação e notas iniciais feitas, fotografias escolhidas e impressas... e tempo para as organizar, colar e legendar? Pois.
 
Os trabalhos para o projeto Cabecinhas Coloridas, gorros, cachecóis e tudo o que conseguir fazer para ser entregue na Acreditar ainda antes do final do ano. Com o stock de lãs que tenho, tenho bastante com o que me entreter, mas é verdade que também urge começar a pensar numa forma de angariar fundos para poder manter este voluntariado que tanto me diz e tão bem me faz. Afinal, as lãs não são de borla!
 
Os trabalhos para oferecer (dois bebés que vão nascer, algumas prendas de aniversário...) que estão na lista -  alguns já começados, outros apenas ainda em fase de decisão sobre qual será a sua forma final (gorro, cachecol, gola, manta?...)
 
O retomar da escrita que antes era a minha "imagem de marca", o meu mundo, uma das minhas paixões e que, agora, parece estar perdida algures, pois tudo me parece por demais fútil ou desinteressante. Se fosse pessoa de versar sobre a atualidade ou temas polémicos, de dar opiniões sem que mas peçam ou, simplesmente, de escrever "postas de pescada", talvez fosse mais fácil. Só que não sou!
 
Depois, a frustração imensa de sentar-me para fazer qualquer destas coisas e... fraldas para trocar, brincar, dar de comer, embalar, cozinhar, a lida da casa para fazer (loiça - abençoada máquina que comprámos há uns meses e que tem sido a minha salvação!, roupa, etc.). Onde paro o tempo para conseguir chegar a tudo? Como conseguir ter um tempinho para mim sem me sentir culpada pelo mesmo?
 
Atenção: Não me importo nada de estar em casa com a bebé! Nem um pouco!
 
Estou como sempre quis: A trabalhar em casa e a criar/educar a minha filha. E quem me vier dizer que "quem está em casa não faz nada", "vem de carrinho e vai de carroça", como dizia a minha querida Avó. Julgam que as coisas aparecem feitas do nada, não? Ter de lidar com este estigma também não é fácil e há dias (como estes últimos) em que não tenho mesmo paciência. Nem um bo-ca-di-nho. 
 
Resumindo e baralhando, oque me frustra tremendamente é a organização do tempo! Parece que fica sempre algo para fazer, que chego ao fim do dia e não consegui cumprir com o que de mim era esperado (por mim, note-se).
 
Ultimamente, para combater esta sensação nada agradável, adotei uma agenda onde vou anotando as diferentes tarefas, os projetos, o que vou fazendo e o que pretendo fazer. Nem sempre corre bem, mas sinto que já é uma ajuda para não me dispersar tanto.
 
Funcionará a longo prazo? "A ver vamos", como dizia o ceguinho.
 
Um dia de cada vez.
 
Por hoje, capítulo revisto e entregue e um (longo) post escrito e pronto a publicar. Seguem-se mais alguns pontos que (sei) vou cumprir. 
 
Hoje é um dia bom e, no final das contas, é o que interessa.
 
 
 

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Despedida triste


Dos desencontros e dos desenganos da vida, muitos eram já os anos de afastamento por conta de interesses vãos, mesquinhices e insignificâncias que, não passando disso mesmo, tantos estragos fizeram naquela que, um dia, foi a minha família. 

De todos, o único de quem sentia verdadeiramente a falta partiu hoje, a um mês de perfazer mais um ano de vida. O meu Tio Z., irmão do meu querido Avô, o bom gigante. 

Lamento muito, Tio. Tenho pena que não tenha conhecido a Maria Clara, por conta das barreiras que outros ergueram entre nós. Descanse em Paz.

domingo, 14 de setembro de 2014

14 de Setembro de 2014

A propósito dos 10 meses da M. C. celebrados no passado dia 9, dos nossos dois anos e quatro meses de casamento e dos 10 meses da chegada da M. C. à nossa casa, torna-se mais e mais premente o sentimento de que devemos aproveitar cada instante junto de quem amamos, aproveitar para fazer aquilo de que mais gostamos, sermos felizes e usufruir em plenitude desta bênção que é viver.

O final de Agosto e estes primeiros dias de Setembro, marcados por muitas despedidas (as mães de dois amigos nossos, a Bia, a Nonô e alguns amigos de quatro patas, uns velhotes, outros ainda bebés), reforçaram ainda mais essa certeza. Perdas atrás de perdas e a sensação de que, tantas, demasiadas vezes, nos aborrecemos por inutilidades, por futilidades que, na hora H, não têm qualquer importância.

Hoje, como todos os dias, agradeço a Deus pela Saúde de todos nós, a tua, a minha, a da M. C. e a dos nossos patudos, bem como pela dos que da nossa família fazem parte. Agradeço a Deus pela Vida e renovo, uma vez mais, o meu compromisso de empenhar-me em dar ainda mais de mim, em viver um dia após o outro com alegria e gratidão por dele poder usufruir.
 
Se é fácil? Não, não o é de todo. Um dia de cada vez, um passo atrás do outro e o caminho faz-se caminhando. Por muito que soe e possa parecer um cliché, é tão simples quanto isto e é este o caminho que quero trilhar: o de Ser Feliz contigo, comigo e com os nossos.